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quarta-feira, 18 de junho de 2014

"A improvisação é demasiado importante para ser deixada ao acaso"
- Paul Simon


O empresário que "engasga" quando o jornalista lhe lança uma pergunta inesperada (ou não), o gestor que dá a resposta errada na hora errada, o líder que faz uma afirmação que pode ter interpretação dúbia... tudo isso e muito mais pode até dar capa na imprensa, mas pelas piores razões.

É por isso que a improvisação exige muito trabalho de preparação.

Exceptuando-se os casos de Mário Soares e Valentim Loureiro, que fizeram das 'gaffes' uma imagem de marca, ficaram célebres as várias de Jorge Jesus, Fernando Ulrich, George W. Bush ou João Pinto, assim como as afirmações de Manuela Ferreira Leite sobre a suspensão da democracia e de José Sócrates sobre a perpetuação da dívida pública.
Não sendo um exclusivo dos políticos ou desportistas, esses casos mostram que a exposição pública exige preparação para evitar embaraços que podem causar danos também à imagem de uma entidade, instituição ou marca.
Recorde mais um caso famoso aqui.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Mundial ad nauseam

O massacre informativo(?) em torno do Mundial de Futebol, sobretudo nos canais de televisão, intensificou-se nesta edição de 2014. Dos penteados dos jogadores, aos quilos de beterraba que a equipa levou, sabemos tudo sobre os nossos 23 seleccionados, elevando-os à categoria de heróis nacionais à reconquista do Brasil. Academicamente, ninguém duvida que é um exagero, mas comercialmente, as audiências não enganam. Os programas do Mundial rebentam shares. E os meios de comunicação estão no mercado como qualquer outro produto. Por isso, até meados de Julho o País vai mesmo calçar as chuteiras.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Os "rapazes dos jornais" e o declínio da democracia

Em qualquer sociedade moderna e democrática, a actividade jornalística é contemplada e defendida pela Lei. Mas, quanto mais moderna (no sentido contemporâneo) ela se torna, parece ser tendência a perda de valor de tal actividade, apesar de jornalismo ser quase "sinónimo" de democracia e de liberdade.

Os 160 despedimentos anunciados hoje oficialmente pela Controlinveste vão afectar alguns dos órgãos de comunicação social do grupo que detém marcas de referência como o DN, o JN, a TSF, O Jogo, a Sport TV, o DN Madeira, o Açoriano Oriental e o Jornal do Fundão, entre outros. Dos dispensados, estão 65 jornalistas.

Sendo um drama individual para qualquer um dos 160 despedidos, no caso dos jornalistas estamos perante mais um episódio dramático para a sociedade portuguesa, sobretudo pelo encolher de ombros com que encaramos o facto.
Não que caiba aqui qualquer crítica à decisão da administração da Controlinveste que, em última análise, poderá estar a sacrificar 160 postos de trabalho para salvar uns quantos milhares.
A grande crítica que há a fazer reveste-se, antes, de um carácter de mea culpa colectiva, pelo menosprezo com que olhamos, cada vez mais, para "os rapazes dos jornais", os "produtores de conteúdos". Ou seja, pelo menosprezo com que olhamos a própria democracia, esquecendo que podemos perdê-la muito mais rapidamente e com custos muito maiores do que a conquistámos.

Um enorme abraço de confiança e solidariedade aos profissionais afectados. A democracia vai sentir a vossa falta. E nós também.

A equipa MSImpacto

terça-feira, 3 de junho de 2014

O fim dos press releases?

Tal como a televisão ia "matar" a rádio, há quem acredite que a internet veio para canibalizar os press releases.
E você: acredita nos glutões?